As relações Brasil-Angola na perspectiva da multilaterização do regionalismo

Descrição: O(s) Objetivo(s) deste plano de trabalho é o de analisar várias variáveis (multilateralismo, regionalismo, bilateralismo), de per si e, colocadas em confronto e, principalmente, atuando em conjunto, com a perspectiva de sugerir elementos processuais no campo das Relações Internacionais e da Diplomacia a partir de um estudo de cada um desses países na região (Brasil, no Mercosul e Angola, na SADC e na CEAAC). O tema, que não será tratado de maneira reducionista, implica em tratar os dados de natureza econômica (comércio, serviços, limites à industrialização, agronegócio, investimentos), com uma análise sociológica relativa à sociedade africana, neste caso a angolana, onde o alvo é a criação de uma classe média, em uma sociedade caracterizada ainda por ser um enclave econômico – o petróleo e os diamantes – e a sociedade caracterizada por uma classe rendeira, de um lado resultante da economia enclave – principalmente em relação ao petróleo – convivendo com uma população caracterizada com uma economia informal de porte e dinâmica. A literatura relativa às chamadas classes sociais em África é abundante, uma boa parte dessa literatura revela um viés simplificador ao dividir a população entre setor tradicional e um setor novo, ou moderno. Esta dicotomia, generalizada, contribuiu para um falso reducionismo das sociedades africanas. O foco central de nosso trabalho vai no sentido das possíveis políticas a desenvolver visando a que a aproximação entre os dois países, Brasil e Angola, inseridos em instituições regionais próprias, contribuam efetivamente para um resultado satisfatório para ambos, notadamente de suas populações.

Docente responsável: Fernando Augusto Albuquerque Mourão