Globalização, memória, cidadania: judeus no Brasil

Descrição: “Vim para ficar”: esta afirmação sintetiza o projeto dos imigrantes Judeus que se fixaram no Brasil. Várias vezes tiveram de esconder sua origem judaica, superar perseguições político-ideológicas afim de garantir o direito à identidade e cidadania. Como estas reivindicações repercutiram sobre as relações entre homens e mulheres e entre as famílias judias? Na sociedade brasileira, a literatura mostra que do ponto de vista das relações sociais de gênero vigorou e ainda restam fortes desigualdades e dominação dos homens sobre as mulheres. E entre os Judeus, como se organizaram estas relações? Desigualdades teriam sido trazidas na bagagem? Ou, as relações de dominação dos homens sobre as mulheres foram incorporadas pelos imigrantes Judeus quando passaram a viver no Brasil? Ou. pode-se afirmar que, de modo geral, as relações de gênero entre Judeus eram igualitárias? Qual foi e é o significado da denominação “comunidade judaica”? Houve ou há antisemitismo na sociedade brasileira? Estas são questões que procurarei responder a partir de um recorte dos dados da pesquisa “Os Judeus na memória da cidade de São Paulo” ( apoiada pelo CNPq) coletados entre imigrantes que chegaram ao Brasil entre 1890 e 1940 quando foram traçadas as raízes das condições atuais. A pesquisa se estenderá às décadas posteriores.

Docente responsável: Eva Alterman Blay