Slums, guetos e favelas: a construção de espaços marginais nas Américas (1940-1980)

Descrição: Favela no Brasil, poblacione no Chile, villa miséria na Argentina, cantegril no Uruguai, rancho na Venezuela, gueto e slum nos Estados Unidos e Canadá, os países das Américas do Sul e do Norte desenvolveram termos próprios para rotular os bairros "marginais" das grandes cidades. Geralmente identificando áreas extremamente pobres, de empregos instáveis e mal remunerados, com alto índice de desemprego e precárias condições de vida; de problemas sociais como acentuado consumo de drogas, violência e criminalidade, esses termos apresentam também um significado cultural e social mais abrangente no discurso do Estado, da mídia e do público: os espaços "marginais" nas cidades americanas não são apenas vistos como áreas de pobreza, eles são considerados como áreas habitadas por populações social e culturalmente desorganizadas, portadoras de uma perigosa patologia social. Este projeto de pesquisa tem como proposta um estudo abrangente sobre a construção social de "espaços marginais" em Chicago, Toronto e São Paulo entre os anos 40 e os anos 70. Envolverá investigações em vários arquivos e bibliotecas de representações socioespaciais de slums e guetos no discurso político e acadêmico, nas agências de serviço social, nos movimentos sociais e nas “contra-representações” dos próprios moradores pobres. Os alunos de pós-graduação sob a orientação do Professor Robert Sean Purdy estão estudando assuntos relacionados na área de cultura popular (cinema, quadrinhas e televisão), nos Estados Unidos nesse período.

Docente responsável: Robert Sean Purdy