Descrição: A necessidade de identificação das áreas ocupadas por assentamento precários está crescendo rapidamente, porque o número de favelas nas cidades do mundo inteiro está aumentando e sua qualidade se está deteriorando. Na atualidade, perto de um bilhão de pessoas vivem em condições de precariedade no mundo e espera-se que o número crescerá até 1.4 bilhões em 2020. Contudo, a correta identificação dos assentamentos precários é problemática por várias razões: muitos governos locais não tem os mecanismos para monitorar o crescimento urbano de uma forma sistemática, ainda menos para monitorar o crescimento urbano informal. De acordo com UM-HABITAT, 80 cidades numa amostra de 120 reconhecem que não possuem sistemas de vigilância para acompanhar as mudanças que ocorrem na dimensão espacial urbana (Urban Indicators Program, 2005 apud SLIUZAS, R. ET AL., 2008, pag. 2). Os assentamentos precários, como parte do crescimento informal, são mais relevantes do que o crescimento formal em muitas cidades do mundo em desenvolvimento. Aliás, estas áreas crescem mais rapidamente do que as áreas urbanizadas formais (SLIUZAS, R. ET AL., 2008). Países diferentes mantem padrões de informação diferentes, o que dificulta as intervenções por parte das autoridades locais (IBIDEM, pág. 1). No caso da cidade de São Paulo, há grandes esforços do poder público municipal, em concorrência com organismos do Governo do Estado e com recursos da União para, como signatária das Metas do Milênio, com especial atenção para buscar cumprir a Meta 11, urbanizar os assentamentos precários sejam favelas ou loteamentos irregulares, a partir de uma priorização técnica-estratégica para esta intervenção. Pelas razões acima mencionadas, pretende-se estabelecer, com o auxílio deste projeto de pesquisa, uma metodologia que permita a identificação topológica das unidades habitacionais nos assentamentos precários na cidade de São Paulo.
Docente responsável: Reinaldo Paul Pérez Machado