Geografia da oralidade – uma recuperação da história oral de populações tradicionais no estado de São Paulo

Descrição: As populações tradicionais, quilombolas, caiçaras, indígenas, dentre outras, estão marcadas pela presença da oralidade na manutenção de sua história e de suas práticas sociais, é o que vários autores, como Antonio Carlos Diegues (2001, 2002, 2004), José Geraldo Marques (2001), Marta Vannucci (2002), André Alves (2004), Alpina Begossi (2004), Simone Rezende da Silva (2004), André de Castro C. Moreira (2001), Jean Hébette, Sônia Barbosa Magalhães e Maria Cristina Maneschy (2002) e José de Souza Martins (1997), apontaram em suas reflexões. Tais populações tradicionais não vivem situações históricas idênticas, mas participam de dilemas semelhantes em relação à manutenção de suas práticas socioespaciais. Na perspectiva da Geografia, acreditamos que a valorização de uma dimensão espacial, em que se traduzam a forma de apropriação da terra, a dimensão do tempo cíclico em suas práticas socioespaciais, o significado da festa em suas crenças e na construção da sociabilidade, a permanência do compadrio e da relação de vizinhança, dentre outras marcas, são realizadas as seguintes ações e atividades: formação continuada do grupo de educandos envolvidos, para a qual será exigida a leitura, o debate e a sistematização de textos teóricos e históricos tratando de dimensões das práticas socioespaciais das populações tradicionais e da dinâmica do mundo contemporâneo; sistematização de fontes secundárias, tais como relatórios, fotografias, imagens de satélite, fotografias aéreas, mapas referentes às áreas e às populações tradicionais envolvidas no projeto; realização de trabalho de campo, realizando entrevistas, coletando depoimentos, aplicando questionários, compondo séries fotográficas, levantando documentos em arquivos.

Docente responsável: Julio Cesar Suzuki