Descrição: A pesquisa trata das interfaces e vinculações essenciais entre o ensino de Geografia na educação básica e as áreas de interesse que caracterizam as tendências do ensino e pesquisa em Geografia como área de conhecimento científico-acadêmico, as quais consolidam sua crescente importância como conhecimento complexo. Enquanto disciplina escolar, a Geografia é aqui entendida como uma prática social indispensável para a formação livre e independente das representações de mundo e das representações das relações que há no mundo que circulam na sociedade e na cultura. A pesquisa é de cunho qualitativo e procura caracterizar e compreender as demandas que existem atualmente em relação à formação de professores a partir das narrativas dos próprios professores sobre os enfrentamentos cotidianos dos problemas de aprendizagem que verificam em seu trabalho e que apontam a necessidade de questionar de maneira radical, as tendências teóricas e filosóficas de cunho técnico científico que tem predominado no debate atual sobre formação de professores no Brasil. O que a pesquisa indica, até o presente momento é, ao contrário do que poderia aparecer, a necessidade de enriquecer ainda mais a formação teórica e filosófica dos professores. Foi adotada na pesquisa a concepção de aprendizagem mediada de Reuven Feuerstein, a concepção de diálogo segundo Mikhail Bakhtin, e ainda a ideia de pensamento completo e de religação dos saberes produzidos e separados historicamente segundo Edgar Morin. As concepções adotadas formam o que denominamos de fronteiras teóricas para a formação de professores de Geografia.
Docente responsável: Maria Eliza Miranda